Marileia Lasprilla é uma artista plástica cujo trabalho transcende a tela, convidando o espectador a uma imersão em um universo de cores vibrantes e formas expressivas. Nascida com um talento inato para a expressão visual, Marileia desenvolveu uma linguagem artística única, marcada por uma sensibilidade que se reflete em cada pincelada e em cada composição.
Suas obras são um convite à contemplação, onde a cor emerge como protagonista, narrando histórias e evocando emoções. Seja através de paisagens abstratas que remetem a memórias ou de figuras que parecem dançar em harmonia, Lasprilla explora a riqueza cromática com maestria, criando atmosferas que variam do etéreo ao pulsante. A textura também desempenha um papel fundamental em sua arte, muitas vezes construída em camadas que adicionam profundidade e dinamismo às superfícies.
A inspiração para Marileia reside na observação atenta do cotidiano, na riqueza da cultura brasileira e na beleza da natureza. Sua capacidade de transformar elementos simples em obras de arte complexas e emocionantes é um testemunho de sua visão aguçada e de sua alma sensível. Cada peça de Marileia Lasprilla é um reflexo de sua jornada pessoal e artística, um diálogo contínuo entre sua intuição e a técnica apurada.
A artista tem participado de diversas exposições, tanto no Brasil quanto no exterior, conquistando reconhecimento e admiradores. Suas obras adornam coleções particulares, levando a sua energia e a sua paixão pela arte para diversos lares e espaços. O legado de Marileia Lasprilla está em constante construção, e cada nova obra reafirma seu compromisso com a arte como forma de expressão, de conexão e de transformação. Ela não apenas pinta quadros, mas sim, cria experiências visuais que ecoam na alma de quem as contempla.
Marileia Lasprilla, conhecida por sua vibrante paleta e expressividade única, mergulha em uma nova dimensão de sua pesquisa artística ao explorar a pintura em barro. Para a artista, essa técnica representa um retorno às origens, uma conexão visceral com a matéria-prima e uma ampliação de suas possibilidades criativas.
"O barro, para mim, não é apenas um suporte; é uma extensão da própria terra, um material que carrega em si a memória de tempos e a energia de um lugar", comenta Marileia. Sua abordagem não se limita a simplesmente aplicar cor sobre a superfície, mas a interagir com a porosidade, a textura e as nuances naturais do barro, permitindo que o material influencie e enriqueça a narrativa visual.
A artista desvenda no barro uma tela viva, onde os tons terrosos inerentes ao material se tornam parte integrante da obra. Seja em peças cerâmicas modeladas por ela mesma, em telhas antigas resgatadas ou em superfícies de argila preparada, Marileia Lasprilla imprime sua assinatura inconfundível. As cores, antes vibrantes sobre tela, ganham aqui uma pátina orgânica, um diálogo mais íntimo com o substrato.
"A pintura em barro me desafia a pensar a cor de uma forma diferente. Ela me convida a respeitar a natureza do material, a deixar que suas imperfeições se tornem parte da beleza da obra", explica Lasprilla. Em suas composições, é possível perceber a fusão entre a delicadeza de seus traços e a robustez do barro, criando um contraste fascinante que confere às peças uma profundidade singular.
"Para mim, a tela não é apenas um suporte; é um palco, um convite silencioso para a dança das cores e das formas que habitam em minha mente e em meu coração. Cada vez que me aproximo de uma tela em branco, sinto uma mistura de reverência e excitação. É como se estivesse diante de um portal para um universo de possibilidades infinitas.
Começo o processo com a intuição. Raramente tenho um plano rígido. Permito que a cor me guie, que o traço surja da emoção do momento. É uma conversa íntima entre o pincel e a superfície de algodão ou linho, onde a tinta se torna a minha voz. Adoro a textura que a tinta pode criar, as camadas que se sobrepõem, construindo uma história tátil tanto quanto visual. Às vezes, a tinta é fluida e se espalha como água, em outras, é densa e robusta, criando relevos que convidam ao toque.
As telas grandes são um desafio e um prazer particular. Elas me permitem gestos mais amplos, uma liberdade de movimento que espelha a vastidão da minha imaginação. Nelas, posso mergulhar de corpo inteiro na criação, e o resultado é uma obra que, muitas vezes, me surpreende, revelando aspectos de mim mesma que eu nem sabia que existiam. As telas menores, por sua vez, pedem um olhar mais íntil, uma atenção aos detalhes que se traduz em joias de introspecção.
A pintura em tela é um processo de descoberta contínua. À medida que as cores se misturam e as formas emergem, a obra ganha vida própria, tornando-se mais do que a soma das minhas intenções. É um espelho, tanto para mim quanto para quem a observa. Acredito que a arte tem o poder de tocar a alma, de evocar sentimentos e memórias, e é na simplicidade e na complexidade da tela que essa magia acontece.
Minhas telas são pedaços da minha alma, pintadas com a paixão que tenho pela vida, pela natureza e pelas infinitas possibilidades que a arte me oferece."