Esta obra, concebida em papel A3, é uma reverência à divindade de Nanã, a mais antiga e sábia das orixás, senhora das águas paradas, da lama primordial e da transição.
Predominantemente banhada em um lilás profundo, a pintura evoca a tranquilidade e a dignidade de Nanã. A cor base se desdobra em uma miríade de nuances, desde os tons mais claros e etéreos, que remetem à delicadeza das brumas, até os mais intensos e aveludados, que sugerem a profundidade da ancestralidade.
A técnica utilizada é uma fusão expressiva de aquarela, acrílico e textura, criando uma complexidade visual e tátil. A aquarela, com sua transparência e fluidez, confere leveza e a sensação de movimento das águas, enquanto o acrílico, com sua opacidade e versatilidade, proporciona camadas mais densas e vibrantes, construindo os elementos centrais da composição. A textura, incorporada através de técnicas mistas, adiciona uma dimensão extra, remetendo à terra molhada, à lama fértil e à sabedoria ancestral que emerge do tempo.
No formato quadro A3, a composição se concentra em detalhes que convidam à contemplação. A figura de Nanã, embora sutilmente delineada ou evocada por símbolos, transparece na atmosfera da obra, com a aura de paz e sabedoria que lhe é inerente. O lilás, cor da espiritualidade e da transmutação, permeia cada centelha da obra, guiando o olhar por um caminho de introspecção e reverência.
Esta pintura é uma celebração da essência de Nanã, capturando sua serenidade, sua força e sua conexão intrínseca com o ciclo da vida e da morte, tudo isso harmoniosamente expresso nas ricas camadas de cor e textura sobre o papel.
R$ 300,00